sexta-feira, 24 de maio de 2013

BlogTerapia I

há alguns dias atrás... devido a alguns acontecimentos...
tive a oportunidade de sentir uma tristeza profunda por coisas que eu não me lembrava...

qdo eu era mais nova eu era muito idealista e tinha vontade de salvar o mundo...

hoje, sendo adulta, e vendo o pouco que posso fazer por mim mesma e pelos meus,
venho aqui desabafar (como aconselhou o meu marido) e falar do meu sentimento de impotência quanto às diferenças sociais e a falta de amor no mundo.

não, eu não sou uma pessoa perfeita. entretanto, tenho um desejo muito maior que meu próprio ser de abençoar a vida daqueles que sofrem por ter pouco ou por não ter nada. sinto profunda tristeza ao ver ainda hoje... e ao ver mais a cada dia - destas imagens de pessoas dormindo na rua, de crianças e jovens comendo direto do lixo, de mães que não podem dar aos seus filhos o que eu posso dar aos meus, um teto, um brinquedo, uma comidinha gostosa e o evangelho claro, etc, etc de outras necessidades de todos.

foi este o motivo que me impulsionou a ir e fazer uma missão de tempo integral. eu qria abençoar a vida das pessoas com o que eu tinha de maior valor... porque todos os que me conhecem mais de perto sabem, eu nunca tive nada grandioso em termos materiais, minha família é bem humilde, sempre tive que trabalhar pra ajudar em casa, pra ter dinheiro pro ônibus da escola, pra comprar as coisas que precisava (não as que queria) e depois para pagar a faculdade.
 eu não sou triste por este motivo, e do contrário, sou grata por ter aprendido a lutar e dar valor às pequenas conquistas.

mas me deixa triste saber que pelo coração mesquinho de alguns de nossos "irmãos", muitos passam por necessidades básicas, outros não tão básicas mas vivendo uma vida muito simples enquanto outros "tremem" ao pensar em dividir seus bens com eles. e o pior é pensar que somos todos irmãos, que somos uma familia.

antes que alguém me diga que deve haver oposição, que faz parte do plano, uma coisa eu sei, a única coisa que faz parte do plano é O LIVRE ARBÍTRIO - e o que compete a nós é dividir, mas muitos não o fazem achando que cada um tem o resultado  da sua escolha. eu acho que este assunto depende mais da gente dar do que achar que o outro não merece. lembremos que livre arbítrio não é o poder de julgar a escolha do próximo...

outro dia tivemos uma experiência que me  fez pensar que isso não faz parte do plano de Deus. não é possível Ele querer ver um filho seu comer direto do lixo.Ele ama cada um de Seus filhos e é através de nós que irá abençoá-los.

isso é algo que tem dentro de mim.. desde sei lá, meus quinze anos.
mas que mergulhada neste mundo da maternidade, em transe, deixei esquecido...mas estava lá!
sim, foi só viver um momentos destes em que a diferença social é mais importante do que a felicidade do seu vizinho... aí sim, veio à tona! tudo de volta e o copo transbordou.

isso também trouxe outros assuntos imbutidos nele que também se relacionam a sentimentos de impotência e  de incapacidade. mas isso é assunto pra outro dia, se eu tiver a mesma coragem que algumas tem de abrir o coração.

a única coisa que eu quero é desabafar mesmo. não preciso ser compreendida.
mas se alguém mudar seu ponto de vista de desejar dividir o pouco o o muito que tem com seu irmão, sentirei que um pouco da minha missão (aqui) valeu a pena!

e gostaria de aproveitar para citar i quão ajudada já fui. quantas pessoas generosas proporcionaram sorrisos no rosto dos meus filhinhos e no meu! e é isto que eu queria que todo mundo pudesse sentir.
sentir que não está só! ninguém está só! temos um ao outro!

e apesar de saber que o meu marido não vai ler nem comentar o que eu escrevi...
sou grata a ele. por todo o amor e dedicação, pela bondade e pelo seu coração caridoso pelo qual me apaixonei. muitas vezes ele foi mais bondoso e humano que eu, mesmo com todo este discurso.

é isso. fico aqui nesse desabafo.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

só cresce

eu estou completamente apaixonada por ele.
está tão gordinho...
e ele é tão querido. 

não é que ele seja melhor ou mais tranquilo que a Olivia...
não gosto muito destas comparações. acho que cada criança tem sua personalidade e é única.

na verdade eu cai em mim que eu que não sou a mesma mãe ...

agora que eu sei como segurar, amamentar, acalmar..

agora que eu aprendi as coisas na prática estou preparada não só pra CUIDAR,
mas para CURTIR e  mais, para ZELAR por este bebê.


sinto muito pela Olivia ter sido uma escola... qria ser melhor mãe pra ela.
mas não tenho remorso do amor que despendi, de tudo o que carrego em meu peito por ela.

ela é meu docinho. é um encanto.. e mesmo agora UM BEBÊ ADOLESCENTE com suas crises.. ainda consegue com a sua meiguice me fazer rir e até chorar ao ver seu progresso passo a passo.



mas como eu disse... agora que eu aprendi (um pouco) como é ser mãe...
estou curtindo mais este bebê porque passa rápido...
agora, com menos espaço para medos e inseguranças, 

eu demoro mais para dar mama, eu curto, eu curto trocar fraldas 300 vezes por dia e ter certeza de que ele está confortável.

eu curto ir com ele (s) para qualquer lugar.. e curto mais ainda ficar em casa curtindo nosso cantinho.



então to eu aqui, nessa curtição total...
babando nos bebezões! e a cada dia mais apaixonada por este gordinho.


e é assim que tem sido ser mãe de dois. não é fácil... mas o amor faz valer a pena!